Segundo pesquisa da Associação Brasileira de Produtores de Discos (ABPD),os dois segmentos são os mais rentáveis do mercado atual. Só para se ter uma ideia: a música religiosa, feita por católicos e evangélicos, movimenta R$ 1 bilhão por ano no Brasil e tem mais de 50 milhões de ouvintes estimados em todas as classe socais. Por isso, a mensagem do Senhor tem surgido em diversos ritmos. Balada romântica, samba, forró, funk e até rock, como fazemos estilosos rapazes da banda paulista Rosa de Saron. Católicos da Renovação Carismática, eles podem perfeitamente se confundir com qualquer banda emo atual, como se ouve no recém-lançado álbum Horizonte Distante, o oitavo da carreira, já com 60 mil cópias vendidas. Estes são apenas alguns dos estilos que recheiam o catálogo dos mais de 100 selos e gravadoras dedicados ao segmento, hoje, no Brasil. “O mercado musical só não despencou por causa da música cristã e do sertanejo. São eles que seguram tudo ao nosso redor”, avalia o judeu Líber Gadelha, presidente do selo LGK (distribuído pela Sony), que tem no elenco o padre Fábio de Melo.
XÔ PIRATARIA “Nosso trabalho vai ao encontro de pessoas que necessitam da palavra de Deus. O bom é que isso não precisa mais ser feito num sermão de uma hora. Uma música de três minutos, feita com cuidado, pode resolver muito bem essa necessidade”, avalia o padre Juarez de Castro, que divulga atualmente o disco Luz Divina. Com uma impensável visão pop, ele regravou Monte Castelo, da Legião Urbana; Tente Outra Vez, de Raul Seixas; e Ouvi Contar, de Sá, Rodrix & Guarabyra, além de Luz Divina, de Roberto Carlos. “Embora não sejam consideradas religiosas, essas músicas carregam mensagens de otimismo e amor”, justifica. O sucesso do segmento é tão concreto que a multinacional Sony Music, por exemplo, acaba de anunciar um selo exclusivamente gospel no Brasil, reproduzindo seu padrão nos EUA. A Sony fechou também parceria com o reality show gospel Desafio da Música Gospel, transmitido pela Rede TV. “Nosso foco atual são artistas de música gospel, que é feita pelos evangélicos, porque nossa ala católica está muito bem representada por padre Marcelo Rossi. Sabemos que a taxa de crescimento do segmento cristão é sete vezes maior que a taxa denatalidade brasileira”, diz Maurício Soares, diretor do segmento cristão da Sony.
FENÔMENO Um dos fatores para ser tão rentável é que o segmento religioso é um dos menos pirateados da indústria. “Acho que há uma rejeição maior à pirataria nesse grupo porque eles sabem que estariam enganando o seu pastor ou o seu padre ser e corressem ao produto pirateado”, opina Leonardo Ganem, presidente da Som Livre, que detém um elenco misto, de católicos e evangélicos. Exemplo claro disso está na relação dos 20 CDs e DVDs mais vendidos de 2009. Do total, sete são religiosos. Padre Fábio de Melo que o diga: é o maior vendedor de CDs, com 264 mil cópias do recente Iluminar. Além disso, ele comparece na lista com os títulos Eu e o Tempo Ao Vivo (também editado em DVD) e Vida, contabilizando 924 mil cópias no total. O padre Reginaldo Mancia Não - Volume 2, com 145 mil cópias. MÚSICA GOSPEL Visto no passado como um círculo fechado e com produções de baixa qualidade, atualmente o mercado de música gospel movimenta R$ 1,5 bi por ano e é o único segmento fonográfico que cresce em venda de discos no País. Para o diretor superintendente da gravadora Line Records, André Luiz Dias (foto), a explicação para o crescimento das vendas da música gospel está no fato de ela ter saído do âmbito da igreja para o circuito de shows em casas de espetáculos, teatros, rodeios, etc. “Há dez anos, os cantores do segmento gospel se apresentavam apenas em eventos ligados a denominações evangélicas; hoje eles estão em todos os lugares e principalmente em programas seculares de emissoras de televisão. Além disso, a qualidade da música gospel atualmente é um fator predominante para essa evolução. Os CDs e DVDs deste segmento não devem nada ao que é produzido pelos artistas seculares”, disse André Luiz. Os cantores do universo gospel também aprenderam a usar as mídias para divulgação dos seus trabalhos, explorando muito bem, por exemplo, a internet, com sites e espaços em redes sociais (orkut, por exemplo). “É bom que se destaque também que temos mais programas de TV, jornais, revistas, portais e sites especializados e um grande número de rádios apenas tocando o segmento gospel. Outro aspecto é que a maioria dos artistas do universo gospel tem hoje um assessor que trabalha sua agenda ou a sua divulgação. Existem até escritórios especializados neste segmento. Essas iniciativas levam a uma exposição mais profissional, com o artista sendo, inclusive, conhecido em outros segmentos. Tudo isso pode ser traduzido num aumento de vendas”, acrescenta o executivo da Line Records. Devido à diversificação da nossa cultura, nós temos hoje o crescimento de muitos estilos na música gospel, como funk, pagode, sertanejo, rap, etc., mas o interior da igreja ainda prevalece. O mais consumido é o estilo “adoração”, mais ligado à pregação ou ao próprio culto. Também é muito forte o estilo “pentecostal”, mais carregado de palavras proféticas. O pop gospel aparece em terceiro lugar e agrada muito ao público mais jovem.
Evangélica, Aline Barros investe no público infantil e conquista espaço Com quatro prêmios Grammy Latino, mais de 3 milhões de discos vendidos e música em trilha de novela da Globo, Aline Barros está investindo pesado no segmento infantil com o lançamento do DVD Aline Barros & Cia. 2, que vendeu 25 mil cópias em apenas 30 minutos de lançado. “Essa é minha maior alegria: ensinar às crianças o que é verdadeiramente servir a Jesus”, diz Aline. Pirataria Gospel A pirataria também atrapalha muito o segmento gospel. As gravadoras são unânimes ao destacar que as vendas poderiam ser bem maiores. “Num determinado momento de 2008, a música ‘Faz Um Milagre Em Mim’, do Regis Danese, foi a composição mais executada em todas as rádios do Brasil, em todos os segmentos. Na região de maior concentração do comércio popular de São Paulo, no bairro do Brás, centro da capital paulista, todo vendedor ambulante de CD ou DVD pirata tinha o Regis Danese. E não só dele, mas também Cassiane, Aline Barros e outros. Da mesma forma, aqui no Rio de Janeiro, o fenômeno acontecia no mercado popular da Uruguaiana, no centro da capital fluminense”, conclui o diretor superintendente da Line Records.
Fonte: Alfa Vip
de onde vem as letras das musicas cristas e verdade que Deus e quem da essas musicas aos cantores gospel
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